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Inteligência de mercado: confira as principais tendências para 2023

Visando extrair conhecimento a partir da coleta e da análise de dados, a inteligência de mercado se tornou mandatória para organizações que desejam se manter competitivas. Afinal, para que os processos decisórios sejam realmente eficazes, gestores e profissionais precisam do apoio de uma base de informações sólida e confiável.

Tanto é assim que, hoje, é impensável para uma empresa B2B não ter times dedicados a fazer análises do mercado. Especialmente porque, com a era dos dados, aumentaram as variáveis e os riscos aos quais uma companhia pode estar exposta.

Não por acaso, os dados, principal matéria-prima da inteligência de mercado, são a nova commodity mais valiosa do mundo. No entanto, embora surjam impressionantes 2,5 milhões de terabytes de dados a cada dia, entre 60% e 73% das informações obtidas não entram nas análises das empresas, segundo a INC

Ou seja, cruzar uma enorme quantidade de dados para gerar insights de valor não é um trabalho trivial e, por isso, é fundamental se antecipar às novas tecnologias e métodos mais modernos.

Confira a seguir sete tendências da inteligência de mercado para 2023:

1. Big Data Analytics

Na era da revolução digital e da inteligência, a união de ferramentas de Big Data com a cultura analítica vem ganhando notoriedade entre profissionais e empresas de diversos segmentos. Assim, tem-se por objetivo minar processos decisórios baseados em suposições e achismos, munindo os times com informações factuais.

Junto a isso, à medida que o volume de dados gerado por empresas e pessoas cresce, aumentam as oportunidades de utilizar esses insumos para compreender melhor as dinâmicas do mercado e comportamentos de compradores.

Diante desse contexto, soluções de Big Data Analytics — que já estão revolucionando o mundo corporativo — continuarão ditando as regras em 2023. Afinal, a necessidade de ser data driven tem feito o uso de ferramentas de inteligência algo imperativo nas organizações, sobretudo para o monitoramento do mercado e concorrentes em tempo real. 

2. Gestão de dados descentralizada

E por falarmos em Big Data, concentrar a armazenagem e o fornecimento de dados em um único departamento, normalmente a área de Tecnologia da Informação (TI), torna o processo longo e de demorada execução. Como resultado, a companhia como um todo não consegue receber análises na velocidade necessária.

Por outro lado, em organizações com uma gestão de dados descentralizada, as demandas das unidades ou setores do negócio são respondidas de forma mais rápida e fácil. Isso porque eles têm acesso a informações e dados prioritários para seus processos.

Desta forma, a gestão descentralizada está entre as tendências do próximo ano por possibilitar que profissionais ganhem a autonomia e flexibilidade necessárias para modelar suas análises, com mais eficiência e menor esforço operacional, considerando as dores e objetivos da área.

3. Governança de dados

Já a próxima tendência da inteligência de mercado, que diretamente se relaciona com as anteriores, é a governança de dados. Ela se refere às pessoas, processos e tecnologias envolvidas na aquisição, arquivamento e uso desses insumos.

Enquanto “gerenciamento” é uma disciplina técnica preocupada com o controle e organização, a governança é, essencialmente, uma estratégia de negócios para dados. Por isso, ela é necessária como um mecanismo para implementar regras e estruturas para gerenciar, monitorar e proteger as informações coletadas e armazenadas. 

Em uma dimensão mais ampla, a governança de dados também tem se tornado obrigatória para as empresas à medida em que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está se consolidando no Brasil. Ou seja, o uso eficaz das informações deve seguir essa legislação, sob risco de multas — além das possíveis ranhuras na reputação corporativa, que também afetam a lucratividade.

4. Hiperautomação

Coletar dados de forma automática também é essencial para fazer uma boa análise de inteligência de mercado. E o melhor é que hoje já existem tecnologias disponíveis para essa finalidade, sendo outra tendência importante para 2023.

Através da inteligência artificial, por exemplo, é possível construir feeds automatizados para captura de informações de mercado que são importantes para os objetivos estratégicos de uma companhia.

Nesse sentido, a automação pode ser pensada de maneira ampliada, chegando, inclusive, à gestão de dados. Até 2025, cerca de 20% das empresas de grande e médio porte se beneficiarão dessa tendência, reduzindo os custos nos negócios, de acordo com a Gartner.

5. Análise em tempo real

Apesar de não ser uma novidade, a necessidade de disponibilizar dados em tempo real para apoiar a tomada de decisões seguirá como uma forte tendência para a inteligência de mercado nos próximos anos. A exemplo disso, desde o início da pandemia, informações rápidas e precisas tornaram-se essenciais para a elaboração de medidas preventivas. 

E mais: o acesso em tempo real a dados não está mais restrito às empresas; o público em geral agora também busca por essas informações. Tanto nos negócios quanto na vida pessoal, análises preditivas de diferentes cenários e notificações de alerta estão se tornando rotina na vida de quem precisa estar realmente atualizado sobre algo — e preparado para agir, se for o caso. 

No mundo dos negócios, o uso de dashboards inteligentes tem ajudado organizações a responderem imediatamente a possíveis ameaças tanto em relação a seus resultados operacionais quanto à imagem corporativa. E vale dizer que a alta velocidade de acesso a dados está se tornando o “novo normal” em meio a transformação digital, mas nem todas as empresas estão preparadas para lidar com esse cenário.

6. Decision Intelligence (DI)

A chamada “Inteligência de Decisão” provavelmente será um tema que você vai ouvir falar em 2023. Afinal, o método reúne um conjunto de técnicas, das mais básicas às avançadas, que visam projetar, modelar, alinhar, executar, monitorar e ajustar modelos e processos de decisão.

Para a chefe de Decision Intelligence do Google, Cassie Kozyrkov, essa disciplina reúne o melhor das ciências de dados, social e gerencial para transformar informações em ações estratégicas em qualquer escala de negócios.

E a previsão é que, até o ano que vem, cerca de 33% das grandes organizações terão analistas dedicados à inteligência de decisão, dando suporte a diversas áreas, conforme revela um estudo da Gartner.

7. Cultura ágil

Fundada por lideranças da indústria de software, a cultura ágil nasceu de um manifesto divulgado em 2001. Desde então, a prática tem sido tendência e amplamente utilizada pelos departamentos de inteligência de empresas de tecnologia e startups.

Mas isso não significa que não possa ser empregada também em corporações de segmentos mais tradicionais. Cada vez mais, companhias de todos os portes e setores adotam a cultura ágil em busca dos vários benefícios que ela é capaz de prover.

A essência dessa prática é: 

  • foco em entregas rápidas, orientadas aos valores mais urgentes da organização;
  • promover interações mais intensas entre membros dos times, permitindo que os profissionais sejam capazes de responder rapidamente às mudanças e absorver feedbacks constantes;
  • rápida identificação de gargalos e problemas de escopo e especificação em projetos e estratégias, reduzindo seus riscos.

    Fonte: cortex-intelligence.com/

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